quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Para dar água na boca


Eu estava hoje pensando que o sítio mudou muito a minha vida. Um dos motivos é porque na roça aprendi a gostar de muitas coisas que nem imaginava. Além dos passarinhos, das flores, de cachorros, do silêncio e dos vagalumes, aprendi a gostar de comida de fogão de lenha. Nas minhas viagens pelo interior costumava me hospedar em hoteis que tinham este tipo de fogão. Especialmente em Minas.
Agora descobri que o fogão à lenha era usado pelos índios. Puxei pela memória e realmente as tribos que conheci -quando repórter- tinham um jeito muito diferente de nós de esquentar a comida. Tucuruba era o nome do fogão de lenha primitivo.
O fogo feito no chão era protegido por pedras. Sobre elas se assentavam as vasilhas de barro. Ao longo da história o fogão foi sendo modificado e passou a ocupar espaço nas cozinhas das casa do ciclo bandeirantista .Enormes, cozinhavam tachos e tachos de comida nas senzala. Menores, serviam para assados , pudins e compotas das casas das sinhás .
Uma pesquisa revelou que na zona rural de Minas Gerais 96,9% das casas usam fogão de lenha .
O negócio virou moda nos últimos tempos. E foi a partir desse dado que a Emater-MG decidiu criar um novo projeto de fogão que não esfumaçasse a cozinha, economizasse lenha e cozinhasse as refeições com mais rapidez. Foi um sucesso.
Este aí na foto é o meu fogão de lenha, bem no fundo. Foi feito por quem entende: pedreiros mineiros claro. Vieram de lá mesmo. Ele foi construído a pedido e choramingos semanais de Manoela, guardiã do sítio, que queria por que queria um fogão de lenha.
E quem ganhou com isto? A turma do Brilhante é claro!

13 comentários:

Rosana Soares Brigagão disse...

Noiteee Cumadi D. Vizinha, agoa ela foi mostrar p nóisss este cantim lindim com fogaozim e ainda com D. Manoela, uai, agora, cumadi Lili, ocê tem q cunvidá nós prá ir lá comê o feijãozim gostosim, já arrumando qui uma trouxinha e só epserando ocê cunvidá, viu cumadi?
Ocê vai tb né Vizinha, cê tá viva ainda, não cortou nada não né???kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, vamo primero cumê o feijãozim da cumadi dispoi ieu ti ajudo a encontra a gilete se ainda pricisá, acho q num vai querê não, né messss???kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, vamos tomá posso do Briante da nossa cumadi, Belezuras, to esperando ocês, eita fogãozim lindimmmm sô!!!!
Mineirim , eita povim danado de bão basta oiá preu, MIneirinha de S. S do Paraiso, é memo um PARAÍSO, inté mais cumadis, to qui esperandoooooooooo...cunvida logo, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...

Elaine disse...

Puxa, mas sua varanda ficou linda e apetitosa!!!

Anônimo disse...

mINHAS QUERIDAS, o Brilhante tem portas abertas para todos.
Elaine, você sabe que é sempre um prazer receber você, que há muito tempo trocou Itaipava por Lumiar.
Mas o verão está aí. Noites fresquinhas e cheias de estrelas.
e Rosaninha, trouxinha pronta?
Então vamos lá.
Primeira semana de outubro?
Biquinis e moletons preparados.
Quem me dera que todos, todos os meus queridos fossem lá. Sempre.

Rosana Soares Brigagão disse...

Cumadi, trouxinha prontim, prontim, quero só feijãozim , precisa nadica de nada, viu?? feijãozim é o trem q adoroooooo e no BRIANTE, VAI SER BÃO DEMAISSSSS!!!!!

Anônimo disse...

papai, mineiro e carioca ao mesmo tempo, ia adorar esta conversa caipira.
Então, comibinado. Feijão, couve, franguinho na brasa?
bjinho

Luiz Otávio Coutinho disse...

Estimada Eliane:

Adorei este tópico sobre o seu Brilhante. Mais um diferencial que ainda não tinha conhecimento, o fogão de lenha. Esse Brilhante é mesmo mágico e a cada dia revela mais e mais segredos.
Esta peça faz parte obrigatoriamente da composição de uma boa e típica cozinha mineira, no meu caso, cozinha Mantiqueira. Começou a ser usado realmente pelos índios de uma forma primitiva. Se aperfeiçoou ao longo do tempo e foi amplamente adotado por vários estados brasileiros, especialmente na zona rural e mais especialmente ainda, por Minas Gerais. Como você bem sabe, sou carioca e fui criado levando uma vida extremamente urbana. Mas, ao me tornar “mineiroca”, aprendi os segredos da vida no campo e do seu principal personagem, o caipira. Aquele sujeito simplório, mas que tem muito a nos ensinar, mesmo dentro da sua simplicidade. São matreiros, com olhar desconfiado para ao forasteiro e de poucas palavras. No entanto, quando pega amizade, sai de baixo, fazem tudo para agradar e desvendam um enorme coração. Como eles mesmos dizem: “dou um boi pra não entrar numa briga, mas dou também uma boiada pra não sair dela”. Falam errado, mas você acaba conhecendo o “dialeto” durante a convivência. Alguns guardam a musicalidade no coração, sabia? Tocam as suas modas de viola e, até mesmo, escrevem poesia. Olha só esse trecho de uma delas, cujo título é “Cantá”. Isso mesmo, a grafia “está certa”, pois assim que eles pronunciam o nosso cantar. O poeta caipira escreveu assim: “Cantá seja lá como fô, se a dor fô mais grande que o peito, cantá bem mais forte que a dô”.
Que simplicidade, que beleza! Você superar a dor cantando, cantando e cantando. Ela realmente vai embora. Digo isso por experiência própria, pois já experimentei a “receita”.
Mas voltando ao fogão de lenha, atrelado à própria figura do caipira. Eles também adoram prosear na beira do fogão (na beira da taipa como também dizem), enquanto a comida está sendo preparada. Tomam uma pinguinha, sem pressa (não é o meu caso, foi o único costume que não me adaptei) e proseiam, proseiam até que a panela de ferro começa a chiar em sinal de comida pronta.
Fazem iguarias que nunca tinha visto na minha vida de cidadão urbano: Galinhada (frango caipira com arroz empapado), Vaca Atolada (peito de vaca com mandioca- o nosso aipim- bem molinho), canjiquinha (quirera de milho) com costelinha de porco, Pato com arroz vermelho (um tipo de arroz nativo que depois é socado no pilão), entre outros pratos. De tanto ver e participar das “prosaiadas”, acabei aprendendo fazer alguns.
No inverno, e aqui na Mantiqueira ele é rigoroso, acendem novamente o fogão a tardinha e tornam a prosear ao seu redor para aquecer o corpo com o calor da lenha. Até isso o nosso fogão de lenha tem a sua virtude, a de unir as famílias e os amigos.
É assim que levo minha vida nas ondulações da exuberante Mantiqueira. Dividida entre o ambiente acadêmico e a faculdade do caipira, da sua viola e do seu fogão de lenha.

Anônimo disse...

Luiz Otávio Coutinho, que prazer!
Há tempos não aparecia aqui no blog.
Em primeiro lugar, caríssimo, parabéns pela colocação. V. faz parte desta história de Minas agora.Li no jornal.
Nem vou contar o que é para deixar as meninas curiosíssimas.
Bem, você hoje mais do que nós, carioquíssimas, entende sobre os segredos das Gerais.
O Brilhante não tem só fogão não! Tem um forninho lindo onde são assados os bolos,pães de queijo e broas de fubá. e vai tudo acompanhado pelo chá de capim limão.
Foi aí em Minas, precisamente( como você diz) que aprendi a beber chá de capim limão, com o querido e saudoso Helio Sarmento, dono do Serraverde. Cheguei a levar meu pai lá. Tinha uma cozinha de primeiríssima, claro tudo feito no fogão de lenha. O cozinheiro chamava-se Luiz. Um dia voltei lá e não encontrei mais o Luiz. A comida nunca mais foi a mesma.Ia muito. Com o pai, com amigos. Indiquei até para o irmão. A turma de medicina dele se reuniu lá uma vez.
E vou contar mais. Cheguei a pensar em comprar uma terrinha por lá. O Brilhante ia ser lá.
Depois, conclusão óbvia : muito longe.
Sempre adorei a Mantiqueira. Já contei aqui no blog uma vez. herança do gosto mineiro de meu pai.
Bem, Brilhante de portas abertas.
Se um dia você comprar um sítio, vai adorar. Bem, mas dá trabalho. Muito.
Aí coloca o nome de sítio da Flor. Esta região aí é carregada de flores e água.
Tudo de bom, saudade sempre dos velhos tempos de reportagem, e tudo indica que sua vida segue feliz. Que bom!

Rosana Soares Brigagão disse...

Lili e Luiz Otávio, uma delícia no mais amplo sentido desta palavra, que papo gostoso e saboroso, hummmmm, dps de ler td que descreveram aqui estou com uma fomeeeeeeee danadaaaaaaa e agora, vou comer o quê a esta hora da noite???
Galinhada, hummmmm, delícia de prato, adoroooooooo!!!
Quando estava grávida do meu caçula, estava de férias no hotel do meu pai no Sul de Minas qd, por volta de meia noite bateu uma vontade indescritível de comer FRANGO COM QUIABO E POLENTA mas, aquela hora ondeeeeeeee achar???
Um grande amigo de meu pai havia jantado exatamente esta deliciosa comidinha e nos levou a sua casa , meu Deusssssss, como comiiiiiii, que temperinho bãoooooooo sôooo, coisa que só meneirim sabe fazer, sonheiiiiiiiiii com todos os anjinhos do céu e meu baby ficou mt agradecido, rs,sr,rs,rs,sr,sr...
Minas é tudo isto mesmo, as prosas, as broinhas,pães de queijo, pamonhas, bolos de milho, qualquer casa tem e ainda bem aquele CAFEZIM GOSTOZIM DEMAISSS DA CONTA!!!
Frango ao molho pardo, tem coisa mais saborosa?
Minas Gerais é tudoo de bom e eu tenho orgulho em dizer: SOU MINEIRA UAI COM MT ORGULHO!!!

Anônimo disse...

Rosana, você é de Minas?
Seu pai tinha hotel no sul de Minas?
Pronto, o Luiz Otávio vai adorar.
Desde que trocou o Rio por Minas, é um encanto só com montanhas, águas e com os compositores de lá. Do Rio mesmo, ele só gosta e continua amando o Vasco da Gama. Fanático.
E com esta história de galinha, forno à lenha...
v. ganhou um parceiro Ro.
Quem viver, verá.

Rosana Soares Brigagão disse...

É Lili, mineiríssima de SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO, cidade linda, muita história dos meus antepassados, na política, na medicina, agora, estou com soninho mas prometo contar algumas aqui, ok?
Esta linda cidade é pertindo de Passos onde morava nossa amiguinha Heliane com H, lembra???
Vou te enviar fotos lindas de hotel fazenda com piscinas de águas preciosas p a sáude, aguarde, vc vai ficar encantado e LO tb!
Beijins procês Mineirocas da MENINA DA VALSA

Anônimo disse...

ÔPA, eu sou carioca. Meu prefeito é o descontralado ainda.
Mineiroca é com o moço aí de cima.
Sumiu.
Oh Ro, cadê o hotel?
Vendeu?
Vamos para Passos, vamos. Heliane é dona da cidade.
Casou com o veterinário dos bois do pai dela.
Risos

Rosana Soares Brigagão disse...

rs,rs,rs,rs,rs,sr, ´hotel foi vendido logo após a partida de meu pai, saudades daquele tempo, vixiiiiiiii!!!
Passos hoje é uma cidade bem desenvolvida e a Heliane não mora mais lá, está longeeeee...
Estou indo a S. S. Do Paraíso agora em Outubro, quer ir? vamosss, vc vai amarrrrr!!!

Vai no meu orkut e veja as fotos q tirei em Paraíso em Março deste ano, vai ver, ok? Beijins

Anônimo disse...

Quero ir. Perto de onde?