quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ground Zero: eu nunca esquecerei

No dia 11 de setembro de 2001 cheguei cedo para cumprir mais um dia de trabalho. Ao lado de uma equipe que amava, em uma empresa que já tinha trabalhado antes e sido feliz. Estava em uma boa fase profissional, apesar de 2001 ter entrado para minha história como o ano que perdi meu pai.
Só que neste dia, minha vida, a de minha sobrinha e afilhada Gisela, e de todos os americanos, mudou completamente. A minha porque Nova Iorque sempre foi minha segunda cidade por afinidade, antes mesmo de Gisela abraçá-la. A de Gisela, porque a partir daí, os Estados Unidos entraram em recessão e foi um período longo e duro de desemprego. E para os americanos, bem, nada foi igual a partir daí.
Estava na minha sala quando um companheiro de equipe ligou de casa e falou:
-"Corre para a televisão. Aconteceu uma tragédia."
Entrei voando na sala da presidência, acompanhada da Camélia que vive no blog. Fiquei estarrecida e só pensava em Gisela e Paula. Mas mais em Gisela, porque ela trabalhava na época perto do World Trade Center.
Enquanto estava me recuperando do susto, veio o segundo avião e boom! Inacreditável. A esta altura, toda empresa parou, o Brasil parou, o mundo parou.
Corri para minha sala e liguei para Gisela. Paula também morava lá com a irmã e fazia um curso de inglês. Foi uma sorte ter falado com as duas. Logo depois acabou a comunicação geral. Como repórter só me lembrei de uma coisa e falei com elas: comprem todo o estoque de água do mercado. Gisela me contou depois, que em 20 minutos não havia mais água em lugar nenhum.
Depois disso, respirei fundo e liguei para minha cunhada Glória. Ela estava acordada e como previ ainda nada sabia. Imaginem o susto e as lágrimas de mãe com duas únicas filhas lá.
Bem, Gisela casou em julho de 2002. Estávamos em Nova Iorque todos juntos.
Não era a mesma cidade.Não era a mesma alegria. Fui direto ao Ground Zero e respondi, inclusive, a pesquisa feita naquele ano, se deveriam ou não construir novamente as torres.
Vou sempre para lá. E vi a cidade e os americanos se reerguerem lentamente.
Assim como minha sobrinha.
Hoje, as duas vivem lá, tem suas vidas. Gisela já é americana e seu bebê pertencerá aquele lugar.
E nós, nunca vamos esquecer daquele dia. Nós e nem o mundo inteiro.

14 comentários:

Anônimo disse...

Querida Lili,
Hoje, depois que acordei, lembrei-me na mesma hora, de tudo que passamos juntas na mesma sala no dia 11/09/2001. É uma recordação muito viva em minha mente com relação à total preocupação com as suas sobrinhas e o alívio após ter conseguido falar com a Gisela. Foi tudo muito rápido, imagens inesquecíveis que vimos juntas.
Mas como tudo na vida, um dia passa, e só nos resta as lembranças, sejam ruins ou boas.
Saudade
Beijos Mil
Camélia

Rosana Soares Brigagão disse...

Esta é uma daquelas datas difíceis, impossíveis mesmo de serem esquecidas, até hoje me arrepio lembrando que estava no Shoping da Gávea com uma prima e de repente, dentro das lojas, todos olhando p uma Tv, como sou superrrrrrr curiosaaaaa , parei no Árabe, já lotado de pessoas tb observando aterrorizados as imagens naquele aparelho e...vejo o segundo avião explodindo, nossaaaaaaaaaa, comeceiii a chorarrrr sem entender direito ainda o que estava acontecendo, cruzessssssss, que dia!!!!
Filhos/as de amigos que lá estudavam e trabalhavam na época, desespero de todos nós até conseguirmos notícias e graças a Deus, todos bem e distante daquele terror!!!
11 de Setembro, será que alguém consegue esquecer esta data? Duvido!!!

Anônimo disse...

Camélia, é um saco esta história que a vida passa rápido. Hoje um amigo me mandou a foto da família dele via email. E lá estava o pai que não reconheci. O Tempo é uma droga.
Se a gente não aproveitar perde mesmo o trem do metrô, da vida.
Que tal pegar um aí e vir me ver?
Vamos rir muito.
Êta tempo bom aquele! Mas se a gente tivesse bola de cristal, tinha pulado corda. risos

Anônimo disse...

Oh menina da valsa, 9 da manhã, 11 da manhã e você no Shopping da Gávea?
Pô, imagina em NY...
Vamos pra lá?
A cidade já está fervilhando.
O que estraga é brasileirada ahaahahahahahahah

Rosana Soares Brigagão disse...

Como eu adorooooooooo N. York, passe 6 meses lá em 1989,fiquei em Stamford e todosssssssss os dias batia ponto por lá, TEMPO BOM, NÃO VOLTA MAISSSSSSSSSS, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, lindos momentos vivi ali inclusive visitando o W. T. Center onde fiz amizades presiosas q mantenho até hoje, jamais poderia imaginar q td aquilo se transformaria em montanhas de PÓ!!!!

KD A VIZINHA???
Alouuuuuuuuu, VIZINHAAAAAAAA, VEM CÁAAAAAAA!!!!

Anônimo disse...

Ro, recado da vizinha curiosa, romântica, engraçadinha, desconfiada e amada:
Já visitou o blog.E está dentro de tudo.
Só que hoje está preparando um lindo, super almoço para dois queridíssimos,amados sobrinhos que vivem foram deste país infernal, quero dizer, tropical.
Pediu que avisasse em edição extraordiária que vai chegar, vai voltar. rapidinho.
Olha fui convidada pro almoço não tá. bjbjbjbjbjjbbj
tb não podia. mas amo aqueles sobrinhos dela.
Grande gala.

Rosana Soares Brigagão disse...

Recadinho p D. Vizinha PODEROSA: como vc prepara estas delícias e não nos convida???
ahhhhhhhhhhhhhh, assim a MENINA DA VALSA ao terminar A VALSA, desce do saltoooooooo, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, estou te esperando viu PODEROSA???
Inté queridona!!!

Anônimo disse...

Pronta. Tô frita. Entreguei o jogo.
A vizinha é engraçadinha mas discretíssima em âmbito familiar.
Estou no sal! Queimando ao sol. risos

Anônimo disse...

11 de Setembro, impossível esquecer, estava lá, muita tristeza, desespero, pessoas em estado de choque, cenas indescritíveis e inimagináveis!!

Unknown disse...

Este epiisódio por mais que tentemos descrever em plavras, nunca chegareemos o que realmente foi. Tanntas vidas ceiffas,, todas inocentes,, tantos lares destruidos, muitos orfãos, sem falar dos familiares que não puderam enterrar, ou dizer um último adeus a seus entes queridos, pois seus corpos nunca foram achado...

Espero não ver mais nesta vida uma barbarie como esta novamente.

Anônimo disse...

Lili, o almoço foi um sucesso, recheado de recordações. Pareciam todos que nunca tinham saído daqui. os laços, quando fortes, são assim. Nos afastam fisicamente mas, no reencontro, é como se a gente tiversse acabado de se ver. As brincadeiras são as mesmas, as rusguinhas tbém. Como fez bem os ares europeus pra nossa querid V. Essa sim está diferente. Mais contida, roupas severas, voz pausada, um olhar de quem já viu demais nos seus 29 aninhos. Foi muito bom revê-los. Agora, só, e pela ultima vez, na semana que vem. Dez dias que voam.

Anônimo disse...

Rosana, ontem foi um dia especial e não pude me juntar a vcs como queria. Mas sei que estou desculpada. Hoje ainda estou meio de ressaca mas já sacudi a poeira, suspirei fundo e vamos nós... quero saber o que se passou por aqui... tou de olho em tudo e breve, muito breve, a gente vai cobrar esse feijãozinho da Lili !!!!!

Rosana Soares Brigagão disse...

VIZINHAAAAAAAAAAA, hellooooooooo, apareça e vamos combinar o FEIJÃOZINHO da Lili, rs,rs,rs,sr,sr,rs, te aguardo, beijins da MENINA DA VALSA!

Anônimo disse...

Escolham o dia e hora.