terça-feira, 5 de agosto de 2008

O jornalismo está no sangue

Bom dia meu amigos.
Eu não quero mais falar em reencontros. Mas o que posso fazer se eles estão acontecendo um atrás do outro?
Quando era repórter da TV Manchete, conheci um jovem jornalista que trabalhava na rádio Roquette Pinto,uma emissora do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Isto foi em 1983. Fui designada, em um dia qualquer, a fazer uma reportagem sobre um congresso, um simpósio, ou coisa assim. Sempre acompanhada de meu cinegrafista Luis Straus, seguimos para o Hotel Glória. Lembro-me nítidamente deste dia. Muitas autoridades, muitas entrevistas e muito trabalho. Comecei a observar, de longe, um jovem repórter cheio de garra, de gana, que corria de um lado para o outro, enlaçando autoridades econômicas. Ninguém escapava. Em determinado momento, olhei para Straus e disse;
-" Este menino é bom demais. Merece estar em outra emissora maior, com mais visibilidade."
Continuei trocando idéias com meu cinegrafista e pensei:
-"É brilhante."
Saí dali sabendo o que ia fazer. Quando cheguei na TV manchete, fui logo falar com meu diretor na época, Mauro Costa. Contei para ele o que tinha visto e falei:
"Temos um repórter novo na área, espetacular."
Mauro sempre me ouvia, apesar de fingir que não.
E topou trazer Sidney Rezende para a TV Manchete.
Claro que Sidney foi. Mas queria mais. E naquele momento, Mauro tinha apenas a vaga de pauteiro.
O jovem não esperou. Ficou um tempo conosco e voou.
Ontem, estive na radio CBN do sistema Globo de Radio, no Rio, acompanhando um cliente e no papel de coordenadora de imprensa.
Vi aquele jovem ,hoje, âncora principal da emissora, de longe. Entrei e tímidamente me sentei em um canto. Ele, cheio de tarefas, não prestou muita atenção.
Mas no final me descobriu. Olhou para mim e gritou:
-" Querida Eliane."
Contou nossas histórias para meu cliente, falou sobre casos que nem mais me recordo e me encheu de lembranças, carinho e abraços.
Sidney Rezende merece estar onde está, porque ainda é aquele jovem vibrante, cheio de vontade, com uma vocação sem igual para o jornalismo.
Por alguns momentos, fiquei ali pensando como eu gostaria de voltar ao dia a dia como nós, profissionais, chamamos o jornalismo diário. Que paixão estar ali. Mas são escolhas. Umas, nossas mesmo. Outras, que a vida impõe. Mas sem lamentações. Saí da CBN sorrindo e tendo a certeza que minha intuição mais uma vez não tinha falhado.
Aquele jovem repórter da rádio Roquette era mesmo brilhante. Venceu!
Um abraço Sidney, obrigada pelas palavras e pelo reconhecimento por nossa história profissional.
Ah, ele ficou com meu livro, e vou aguardar os comentários.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sidney Rezende
Eliane, vc é amor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Obrigado