quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Planejamento familiar em questão

Amigos leitores, recebi hoje um texto que além de ser um primor, chega em uma hora mais do que oportuna. O momento de renovar nossos prefeitos em todo o país.
O artigo foi publicado no site do jornalista Claudio Humberto e é de meu mestre, amigo, o queridíssimo Aleluia, que conheci no começo da minha carreira e foi decisivo na hora da minha contratação na TV Globo.
Acessem a coluna para ler todo o artigo: http://www.claudiohumberto.com.br/
Hildeberto Aleluia fala sobre a atual situação da vida social dos brasileiros. Em seu texto, ele faz uma comparação em relação a outros países sobre as taxas de natalidade, pobreza e as falhas do governo para resolver a situação. Aleluia cita a ausência de políticas públicas, como o planejamento familiar, e de assistência médica as famílias pobres e a vida miserável que levam as crianças que vivem nas ruas pelo descaso do governo.

Selecionei um trecho apra vocês.
..."Há muitos anos o problema da favelização deixou de ser de migração.Passou a ser de taxa de natalidade. Quanto mais nascimentos, maisinformalidade na economia. É curioso um país como o nosso, cheio degente sem trabalho, necessitar importar mão de obra especializada.Importa porque não há educação na base social. Costuma-se dizer por aí que o Brasil não distribui renda.Trata-se de uma falácia. Não existe país no mundo com um programa de transferência de renda tão amplo quanto o Brasil, através da Previdência Social. Todos os brasileiros têm direito, e um grande número sem nunca ter contribuído e que nunca irá contribuir. A informalidade é inimiga da arrecadação oficial. E o ônus recai no trabalhador formal. Sobre este está a responsabilidadede sustentar o Estado que incentiva a natalidade e de sustentar, mal, os que nascem dessa irresponsabilidade.
Durante muito tempo atribuiu-se à Igreja Católica por este absurdo da natalidade entre os mais pobres, a ausência de uma política deplanejamento familiar ou de controle da natalidade. Junto, vinha oargumento, insano, de que era necessário nascer para ocupar oterritório. Hoje, a igreja já não influi nem no roteiro das novelas.O Cardeal ainda tem voz ativa junto ao dono do jornal. No coração do povão o cantor Belo cala mais fundo que qualquer mensagem paroquial. Ninguém está disposto a modelar a sua vida de acordo com o pensamento do padre. E a tese de gente para ocupação do território é tão falsa quanto aquela que aponta para a favela e diz que lá agora vive a classe média. É o Brasil do PT. Seja o do PT, do PSDB ou o de todos, o Brasil com esse perfil social jamais terá uma solução."

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