Temos asas para voar

Esta semana ando revivendo e remexendo em minhas lembranças. Meu baú de deliciosas recordações. Uma delas eu vivi ao lado destes amigos aí na foto. E muitas delas, ao lado desta querida amiga, que nessa noite de quinta feira, me matou de rir com histórias maravilhosas e hilariantes. Eu conheci Maria Alice na Manchete. Ela, repórter da revista, e eu da TV. Ela trabalhava no oitavo andar, e eu no quinto, no prédio da rua do Russell, no Rio. Sempre nos cruzávamos no elevador. Mas nosso verdadeiro encontro foi dentro de um avião voltando de Brasília. Ela de uma matéria e eu de outra, lá com os meus índios.

Dali em diante, nossa vida caminhou lado a lado. Uma amiga comum nos aproximou ainda mais. Engraçado é que quando a vida nos separava um pouco, o inesperado acontecia. Foi assim até em Nova York. Sem combinar nada, nos encontramos em Manhantan, no mesmo hotel, no mesmo elevador. E fizemos daquele natal, daquela viagem, uma das melhores de nossas vidas. Com ela, estava o irmão Miguel e a mãe Luísa, aí na foto.

Esta noite, em meio as nossas gargalhadas, observei também os olhos de Alice brilharem de cansaço, de emoção. É natural que em certo momento da vida, a gente avalie e reavalie nossas escolhas.
Querida amiga, sem remorços. Nós temos asas. Nascemos para voar.

E é para você que dedico este texto agora, lembrando que tudo passa. Tudo. Peço licença para deixar aqui esta foto e escancarar nossa felicidade. Não esqueça que o melhor ainda está por vir. Acredite. Voe sempre. Sob o mar, rompendo fronteiras, atravessando os subúrbios e marcando na escrivaninha de madeira o seu nome para sempre.

Obrigada pelo jantar, pelos contos e por mais esta farra. Vou escrever sobre eles. Aguarde.

Feliz Aniversário. Vamos comemorar em todos os dias de Agosto. um beijão, um brinde e saúde!