sexta-feira, 4 de julho de 2008

Grandaunt, tia em dobro

Ainda me lembro bem, quando minha mãe atendeu o telefone e era meu irmão do outro lado da linha. Depois de conversar com ele alguns minutos, ela me chamou. Ary queria falar comigo. Eu não tinha idéia do que ele desejava. Foi uma surpresa e tanto quando ele falou:
-"Eli, quero lhe convidar para ser madrinha da Gisela."
Fiquei sem palavras. Afinal eu já tinha sido madrinha dele de casamento. E agora esta deferência...
Fui as lágrimas é claro. Sou uma manteiga derretida como dizia minha mãe.
Gisela foi o primeiro bebê na família. Vocês sabem o que isto significa. E eu tinha sido escolhida para batizá-la. Minha primeira atitute foi sair de casa é comprar um presente enorme. Escolhi um burro gigante maravilhoso, para ela montar, abraçar, brincar. Ele mal cabia no quarto, para desespero de minha cunhada.
Gisela, a Gigi, sempre foi próxima da gente. Eu levava ela à praia, à pracinha, alguns sábados tomava conta dela e muitas vêzes, a cunhada ou minha mãe me pediam para eu ir pegá-la na escolinha. Eu saia da Puc ou da TV globo e ia feliz buscar Gigi. Ela estudava na Lagoa, e era meu caminho. Adorava fazer isto. Ela sempre foi muito doce e educada. Tinha três aninhos e quando saia da escola empacava em frente a carrocinha da Kibon. Mas não pedia nada. Olhava para carrocinha e eu fingia que não entendia. Não ia pra frente nem pra trás, até eu falar:
-"Escolhe o que você quer."
E aí sim, ela apontava e íamos contentes para casa.
Gisela cresceu, venceu e hoje vive feliz abraçando seus sonhos. Mesmo distante, os nossos laços são fortes. Hoje, ela me escreveu e disse:
-"Tia , pode contar pra todo mundo. Está liberada."
Respirei aliviada, porque estava doida para falar. E perguntei:
-"Posso dividir a notícia com meus amigos e leitores do blog?"
Ela deixou.
Logo no começo da tarde postei a notícia "O herdeiro."
Só que eu queria escrever mais. E acrescentar, que apesar de ser super jovem, inteirona e antenada (risos), estou muito orgulhosa em ser agora "grandaunt".
Bom, nós duas ainda estamos estudando a melhor maneira do bebê me chamar. Brinquei que pode ser parenta como no programa de TV, ou melhor, tia em dobro, minha preferência.
Mas de uma forma ou de outra, vou adorar ser chamada de qualquer jeito pelo nosso futuro bebê.
É Luis, nosso também. Os Lemos Furtado e os Vergara estão vibrando. E a turma lá no céu também.
É pessoal, nada, nada como ser irmã temporão. Assim, serei a "grandaunt" mais jovem do pedaço. E a Gi concorda e endossa. Hoje , ao me mandar um email, vejam o que ela diz:
-"Tia avó é fogo!! Me lembra aquelas velhinhas fuxiqueiras de coque hahahaha ou seja, nada haver contigo".
Estão vendo? Já me vejo passeando no Rio ou em Manhantan toda prosa ao lado do futuro herdeiro ou herdeira.
Deixo para vocês, as fotos de Gigi para que todos possam conhecê-la ou recordar.
E o meu beijo carinhoso para ela e Luis!

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