terça-feira, 29 de julho de 2008

O desabafo

Boa tarde amigos leitores,
Hoje tive que cumprir um protocolo médico pela manhã. Uma rotina que -por enquanto- preciso enfrentar. Nada demais perto de tudo. De quarenta em quarenta a dias, vou à uma clínica e faço um procedimento que dura apenas 10 minutos. O problema é a espera, a sala de espera. Sempre mexe com a gente voltar a determinados lugares. Rever determinadas pessoas, embora estas sejam anjos do céu.
Cheguei achando que estava atrasada e acabei na armadilha da sala de espera. Quem já leu Sentença ou Renovação sabe do que estou falando. Das histórias que rolam ali meus caros... Cada uma de tirar o fôlego. Fiquei tensa, ansiosa e nada de entrar. Falei que tinha hora( que nada), mas nada de entrar. No final de tudo, falei para a recepcionista: -"Puxa finalmente! Aguentar a sala de espera é dose..."
-Ela me olhou e disse:
-" Veja por outro ângulo Eliane!"
-"Tá bom, tá bom, qual?"
-"As pessoas precisam desabafar, precisam dividir as histórias."
Sai dali pensando nisso, brigando com meu egoísmo. Preciso ter mais calma, falei comigo mesma. Ponderação. Afinal, desabafar tira o peso do coração, tira a dor de cabeça de imagens que carregamos durante anos. Desabafar resgata histórias, esclarece dúvidas e limpa as caraminholas da cabeça. E desabafando e zerando nossas conclusões( muitas vêzes absurdas), a vida nos coloca diante de novos pensamentos e caminhos.
Um desabafo cura.

Nenhum comentário: