Savoir-vivre

Está aberta a temporada de de bazares de natal. Adoro ir, olhar e comprar presentinhos nestes locais. É bom apreciar a criatividade dos trabalhos manuais e idéias originais. Os bazares são populares e ajudam instituições de caridade. Todos os anos recebo uns convites de uma amiga que expõe. Tenho com ela uma história muito interessante, que hoje não vem ao caso.
Normalmente os bazares chiques são realizados em locais muito especiais. Hotéis de luxo, clubes com vistas paradisíacas, casas espetaculares. Gosto de ir nestes rsrs. Claro. É preciso saber viver, já dizia o Rei em uma de suas canções. Ir ao bazar, comprar umas "cositas", depois relaxar e almoçar de frente para o mar. Um luxo só. Claro que sempre em boa companhia com quem curte as mesmas coisas que você. Aí é diversão mesmo!
Saber viver é para poucos. Não adianta ter muito dinheiro e não saber onde e com quem gastar. Não adianta fazer uma super viagem e ficar em hotéis horrendos e só comer sancuíches. Não adianta economizar a vida toda e não ter um projeto prazeiroso.
Outro dia ouvi uma frase ótima: "existe um tempo para ganhar e um tempo para viver." E é nisso que aposto. Ontem mais uma vez fiz valer a minha trégua. Comprei um presente para mim, me deliciei com um carpaccio em uma varanda olhando o Pão de Açucar, os barcos indo e vindo e dei boas risadas. Nada como saber viver.
Mas hoje é outro dia. Sigo em frente fingindo que não sinto cansaço por causa dos medicamentos. Recomeço a maratona de consultas sem medo algum, e já planejo ir em outro bazar. Desta fêz em uma mansão no bairro das Laranjeiras. Afinal a trégua continua até janeiro.
Bom dia meus queridos e queridas.