Meu Bom dia para todos,
E cá estamos nós recomeçando como sempre animados, felizes e com muita fé, Afinal recomeçar não é para qualquer um. Desta vez nosso texto vai viajar para um paraíso que até os petropolitanos desconhecem. Isto não me impressiona, porque tem carioca que mal vai ao Pão de Açúcar e não conhece caminhos tão maravilhosos como a pista Cláudio Coutinho no bairro da Urca e muito menos a estonteante paisagem do caminho dos pescadores e a vista do forte no bairro mais charmoso do Rio: o Leme. Eles não sabem o que estão perdendo. E hoje vou dar a dica mais preciosa para um lindo passeio. As vezes a felicidade e a paz estão bem perto da gente e procuramos caminhos tão longe para alcançá-las. A pouco mais de 01 hora do Rio de Janeiro você vai se deparar com Shangri-lá e com direito a ótimos restaurantes, ótimas caminhadas, banho de cachoeira e passeios à cavalo. Então deixem a preguiça de lado é hora de conhecer sua cidade e todos os arredores, garanto que vocês não vão se arrepender. Animem-se, ousem depois me contem se gostaram. Um beijo e boa semana.
Hoje é o dia mundial da poesia, nada melhor que sonhar e se inspirar em pássaros, flores e cachoeiras e na natureza.
Foto Google: Cume do morro de Bonet, Rocio, Petrópolis, RJ. Altitude: 1.552m
O ÚLTIMO PARAÍSO
ELIANE FURTADO - JORNALISTA, ESCRITORA, ASSESSORA DO PSC (PARTIDO SOCIAL CRISTÃO) E DO DEPUTADO FEDERAL FILIPE PEREIRA.
www.hamaeditora.com.br/elianefurtado
sentencaourenovacao. blogspot.com ou blog da eliane
Quem passa pela BR 040, no sentido Juiz de Fora Rio, sente a mudança do
clima logo que ultrapassa o km 64. Dali até o km 77, chama atenção dos
visitantes uma densa paisagem coberta de mata virgem e uma nuvem que sempre
paira no ar e nas montanhas. A placa está ali na estrada: é a Fazenda
Inglesa. Um paraíso ainda desconhecido da maioria dos petropolitanos.
Quando vim pra cá há dez anos, meus amigos de Itaipava, Araras e adjacências
brincavam que ali não fazia sol. Nunca. Como estavam enganados. A região tem
clima para todos os gostos. Sol forte,céu azul, brisa suave no verão, frio e
garoa no inverno,. Nosso paraíso tem a nuvem que paira e que às vezes pára
em nossas montanhas, é bem verdade. Mas e DAE? Afinal, este é verdadeiro
clima de Petrópolis, que se perdeu com os constantes desmatamentos. A
Fazenda tem um verão delicioso com cachoeiras e rios. Nestes meses, todos
correm para cá, e adoram dormir com uma leve manta em pleno verão 40 graus.
Aqui ainda vivem as hortênsias, muitos lírios, copos de leite, xexéus e
guachos.
A Fazenda Inglesa é um dos paraísos ecológicos de Petrópolis. Uma área
rural, pronta para ser explorada do ponto de vista turístico. Ela precisa
ser preservada, valorizada como patrimônio de uma cidade que é orgulho do
país.
Antes do Vale Florido, toda região era uma só. O Rocio, nosso primo mais
velho, foi descoberto pelo ex-governador Carlos Lacerda, que ali montou um
quartel general no seu lendário e belíssimo sítio nos anos 60, com direito
até um calabouço e saída de emergência.
O Vale Florido, nosso primo rico, tem o mais famoso restaurante da serra,
tem os móveis tradicionais e renomados do Casari, haras , pousadas e o
charme de uma região onde ainda conhecemos todos pelos nomes.
Conta um vizinho antigo, que há vinte anos, os bichos passeavam pelas
estradas internas da Fazenda. Cervos, pacas, gambás, micos e esquilos.
O progresso, os caçadores , os carros foram afastando de lá nossos pequenos
e indefesos vizinhos. A Fazenda hoje cresce. Lentamente, sob olhar atento da
comunidade e de moradores. Cresce apesar dos pesares.
Falta iluminação pública( mas nós pagamos), falta trabalho de contenção de
barreiras ( tem uma lá que completa neste final do ano, o segundo
aniversário que caiu), falta sinalização e melhoria nas estradas.
Especialmente na Vargem Grande, que se está melhor, deve-se a determinação
dos moradores e proprietários da região.
A Fazenda Inglesa , o Vale Florido e o Rocio são riquezas esquecidas que
podem se transformar em grande atração turística. Pelos rios, cachoeiras,
pelos restaurantes, e pousadas, e pelas trilhas para passeio a pé e a
cavalo. Os artesãos e doceiras da região estão ali, prontos para trabalhar.
É preciso que as autoridades lancem um olhar para nossa região.
Um olhar pensando na preservação e no futuro. Não em votos.
A exemplo de Araras, do Taquaril, do Brejal, a Fazenda merece um estudo
detalhado e histórico.
Merece entrar na rota do crescimento turístico sem perder suas
características que a diferenciam dos demais distritos petropolitanos. Sem falar que é uma área de preservação ambiental.
Merece uma atenção para evitar todos e quaisquer tipos de desmatamentos e
construções irregulares.
Merece transformar a velha sede da linda fazenda, que ali está há séculos,
em um grande centro cultural com atividades, biblioteca , cursos de
artesanato. Quem sabe, um centro de excelência para cultivo de verduras,
legumes, temperos e flores.
Só assim abriríamos espaço para as crianças da comunidade . Geraríamos
trabalho e vislumbraríamos um futuro. Futuro e trabalho, também para nós,
que descobrimos ali, o nosso canto, o nosso lar.
A Fazenda nasceu com vocação turística. Com nuvens, chuva ou sol, ali é que
fica o paraíso.