
Bom dia amigos. Finalmente o BBB10, o programa mais chato, criticado e visto da TV Globo nos últimos meses terminou. E é impossivel não comentar a final. Final dos tempos diriam os intelectuais, final injusta diriam os gays e simpatizantes. Mas é difícil se colocar em uma redoma e não dar sequer uma espiadinha. Mea culpa, mea culpa, mea culpa.
Podem me criticar, cair de pau em mim, mas conheço um monte de gente finérrima, inteligentérrima que votou frenéticamente nos participantes da final. E como não dar uma olhadinha? Nem que seja com a desculpa que tenho que comentar aqui.
Antes de mais nada, alguém pode me explicar se o Pedro Bial vai virar um novo Chacrinha e ganhar um programa de auditório?! Nunca vi alguém rir tanto e ser tãol feliz apresentando um programa de altíssimo nível. Também foram tantas as participaçõe$ em publicidade... A camiseta basiquinha diária é apenas um disfarce dos intelectuais poetas. Eles adoram mostrar aquela imagem despojada como se fossem desapegados da moda, do dinheiro, das críticas. Ah então tá.
Mas não estou aqui mesmo para criticar ninguém. Ainda mais depois que participei, como editora-chefe nos anos 90, de um programa ao vivo em que as cadeiras voavam e os tapas corriam solto entre participantes. E além do mais, conheço muita gente viciada em BBB e que esconde o jogo. Depois com tantos problemas e tanta seriedade no dia a dia , não faz mal nenhum deixar o cérebro em algum lugar- às vêzes- e relaxar sem pretensão e policiamento.
Agora, quem sou eu, mas vou sugerir à TV Globo que antes de colocar a turma no nu artístico, por favor chamem o Professor Pasquale, mestre na língua portuguêsa, ou mesmo o Bial, para dar aulas aos famosos do momento.
E chegou a hora de confessar. Não sei se a minha visão é equivocada. Mas acabei torcendo pela vitória do Marcelo, o lutador. Este programa é uma praga, quando você vê está torcendo.
A vitória do gaúcho moicano foi a vitória dos autênticos em cima dos dissimulados, sonsos, duas caras, mascarados e bobões sem opinião formada. E dos que fingem ser bonzinhos. Foi a vitória de um bad boy, que foi isolado por um grupo e sobreviveu às intrigas e preconceitos. Venceu o que teve mais coerência e sustentou até o final os pensamentos certos ou errados. Venceu o candidato declarado de Ronaldo- o fenômeno, que com uma só declaração ("meu voto é do Dourado") no meio do programa ainda, fêz a nação corinthiana votar em peso no machão. Eu, ontem, me vi torcendo por aquele que perdeu todas as lutas, ficou sem dinheiro, fêz um monte de besteiras e pediu desculpas, e teve uma segunda chance na vida. Agarrou como pode e teve fibra para chegar à final. Tomara que ele saiba o que fazer com ela. Muita gente ganha uma nova oportunidade e não sabe. Fica no meio do caminho.
Bem, meus blogueiros, estou adotando a nova moda: turbante de beduíno e voltando ao "meu reality show" nesta quarta-feira. E me desculpem, mas a tendência do momento é dourado.