Esta noite sonhei que tinha voltado a ser repórter. Caminhava pela cidade ao lado de um cinegrafista, Roberto Padula, que eu amava. Eu estava feliz, muito feliz. Mas quem nasce repórter deixa de ser? Não, de jeito nenhum. Com diploma, sem diploma, você já nasce para a reportagem, com o dom da observação, com a curiosidade saudável pela notícia, com o instinto investigativo, com a vontade de se embrenhar por este mundo afora e trazer a novidade, a notícia, de retratar fielmente o que vemos para toda sociedade. Repórter não comenta, repórter conta o que vê, o que ouviu, fielmente.
Meu irmão uma vez disse que eu fazia parte de uma geração de repórteres felizes. E eu perguntei porque. Ele rapidamente respondeu que os reporteres da minha geração marcavam. O estilo, o nome, a forma de falar. Éramos poucos(as) no video. E as pessoas sabiam o que podiam esperar de nós. O furo, a melhor forma de se contar uma história.
Dia destes estava no consultório de Dr. Daniel onco de ouro e vi um cohicho. A moça se aproximou e falou para o colega. -"Esta é Eliane Furtado que fêz uma palestra em São Paulo para nós, força de vendas, ano passado. Sorri, cumprimentei. O rapaz, com uns trinta e cinco anos, olhava fixo e disse : -"Sou seu fã. " Por um minuto fiquei pensando: fã de quê? Continuei em silêncio e ele soltou o verbo. -"Acompanhei você durante muitos anos na Rede Manchete, via todos os carnavais, fiz jornalismo." Lembrei da frase de meu irmão e fiz força para me conter. Eu ali, no consultório, diante de um vendedor de remédios que lembrava de mim como...repórter. Uma realização. Assim é toda minha geração. Inesquecível. Pioneiros de jornalismo em TV.
Ao reencontrar Fernanda Esteves, Leda Nagle na festa de 25 anos de casamento de Leila Cordeiro e Eliakim Araújo a história toda voltou. Bons repórteres marcam uma época. Melhor que tudo, marcam pessoas. A farra que fizemos naquela noite, as gargalhadas que demos me fêz pensar em outro livro, um que minhas amigas insistem há tempos.
Leila escreveu embaixo desta foto que vocês estão vendo:"Este reencontro me emocionou. Vocês minhas amigas de fé, minhas irmãs camaradas. Amigas, de longas jornadas", como diria O Rei, Roberto Carlos."
Emoção é sempre a minha quando estou diante de minha história, de pessoas que gostam do meu trabalho. Emoção é ver minhas amigas de longas jornadas felizes, realizadas como eu. Todas nós fizemos a escolha certa: ser repórter. Emoção maior vai ser a hora que, novamente, eu estiver -breve-na frente dos estudantes de comunicação falando sobre esta realizadora experiência. Vai ser maravilhoso ver aqueles olhinhos ávidos por informação, olhos de futuros repórteres.
Hoje, no mega enterro do gigante Michael, só o que me interessa é ver aqueles repórteres e cinegrafistas testemunhando bem de perto a história.
Valeu à pena ter contrariado minha mãe. O jornalismo me deu tudo. E continua me dando.
17 comentários:
Eu diria mais: "os bons repórteres também são imortais". Bjs.
Gelcio Cunha - RJ
Bommmmmmmmmm diaaaaaaaaaaaaaa Lilizinha da Babilônia, dia lindo, o mar esta azulllllllllll e o céu prontinho esperando por Michael com muita música, será recebido com certeza com um grande espetáculo!
Deixou sua Marca Registrada, JAMAIS teremos um outro cantor/dançarino como ele, IMPAR, amo o trabalho dele e sempre, desde o início de sua carreira fez parte da minha vida, está e estará para sempre na minha lembrança , no meu coração, siga em PAZ MICHAEL!
Querida Lili, claro que vocês repórteres tb tem FÃS, vcs estão em nossas vidas diariamente nos contando/mostrando tudo que acontece no Brasil e no mundo, sem vcs como teríamos conhecimento dos fatos???
Seu amigo Gelcio Cunha tem razão, vc tb são IMORTAIS, ninguém esquece um bom profissional seja qual for o setor que ele trabalhe.
O Gelcio é um dos que sou fã, sua voz me acompanha, Haroldão estava sempre no meu café da manhã, vc que eu via na Tv quando morava fora do Rio e morria de vontade de reencontrar(ufaaa, até q enfim isto aconteceu, vivaaaa!!), Leila Cordeiro, um rosto inesquecível, Leda, fantástica, com certeza, deixam registradas em nossas vidas suas vozes, seus rostos, seus ricos trabalhos.
Vocês venceram e tenho certeza, quem os conheceu jamais os esquecerá!
Lindo dia p vc e toda sua competente "tribo".
Eliane eu me lembro de vc e Leila Cordeiro na Miguel Lemos cobrindo o carnaval da rua. Naquela época ainda não nos conhecíamos.
Mas olha a grande maioria dos jornalistas de hoje são horríveis. Há falta de inteligência, de raciocínio, de profissionalismo. E o jornalismo por sua vez está uma pobreza de dá gosto. Hoje eu já quase não vejo TV porque está tudo igual, uma chatice, uma burrice, muito gosto pela tragédia e pela vida alheia, enfim a TV definitivamente não tem conteúdo! Passei fim de semana fora e fiquei sem ver TV dois dias, e não senti a menor falta. Na segunda quando fui ver TV estaqva tudo do mesmo jeito de dois dias atrás.
bjs
Elaine
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, ELAINE vc tem todaaaaaaaa razaõ, podemos ficar alguns dias sem Tv e qd voltamos está td na mesmice e tragédias são sempre as PRINCIPAIS MANCHETES, uma pobreza mesmo nossa TV e reporteres idem, um ou outro escapam mas no geral, PREFIRO NÃO COMENTAR!
Beijins p vc querida.
Realmente essa geração de jornalistas marcaram época.Fizeram diferente.Me lembrei da Marcia Mendes estaria nessa foto com certeza!Voces tem fãs ,claro!Eu mesma me coloco nessa turma.
Parabens a todas!
Deixa eu colocar outra do Manoel de Barros?
É assim:
"Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho do oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas."
Livro das Ignorânças.
Bom Dia Flores Maravilhosas e Blogueiros
Turma boa essa, lembra Lilizinha que Airton lembrou que vc o entrevistou na rua?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Quem diria, hoje somos amigos para sempre.
A turma da antiga é tudo de bom, todas vcs são e serão de uma geração única.
Parabéns pela sua homenagem a essa turma na qual vc faz parte.
Lindo dia para vcs.
Bjs mil
Camélia do Bafão Pecadora Descalça do Cerrado
Lembrando sempre que sou a caçulinha. Fernandinha e Leila vão me matar hahahahah
Boa tarde geração do Blog mais animado e charmoso de todos os tempos.Estamos também construindo aqui uma nova história.
Hummmmmmmmmmmmm, lá vem ela dizendo q é "a caçulinha", sempre "caçulinha" em todosssssssss os assuntos, ahhhhhhhhhhh, me engana q eu gostooooooooooo, rs,sr,sr,sr,sr,sr,sr...todos eles/elas foram suas profs, já entendi, rs,sr,sr,sr,s,r...
Boa tarde Lili, boa tarde Blog ...
Adorei a foto Lili, me vez voltar no tempo também, eu sou do tempo do Jornalismo Eletrônico, Jornal Nacional, Fantástico, Carnaval na inauguração da Sapucaí e etc....
Salve Sérgio. Do tempo que Ttamar era diretor do Fantástico...
Eliane Furtado! Fiquei sabendo que você vem a São Paulo, daí já me bateu a saudade e assisti todos os vídeos da sua palestra no youtube... a última foi em 2008! Bom, depois da confusão, estamos aqui, de casa nova, esperando reunir o velharil e dar muita risada. Saude!
Fernanda e Federico - SP
Grande Fernanda. Que maravilha. Pode me esperar. Estou indo a qualquer momento. Te aviso por email, no blog e pela velharia.
Vou ficar feliz de rever vocês. E quero esta dupla lá. Sampa vai bombar!
beijo na dupla F& F
Dragão lamento, mas sou a caçulinha mesmo.
Pode ficar com dor de cotovelo.
não tem maior emoção que essa. Contar pros outros o que está acontecendo, com suas palavras. Ser ouvida. Ter noção de que vc é respobnsável pela informação que passa. Muito legal mesmo !
Na minha vida nunca vi uma pessoa dominar uma platéia como a Eliane faz. Ela tem esse dom natural que não se adquire. Nasce ou não com ele. Ela chega e arrasa. NOs diversos cursos que fizemos juntas ela éra a verdadeira show woman. Sabe de tudo. Muitos outros alunos vão se beneficiar desse talento !
Vizinha vizinha, não vale. Vc é muito suspeita. E é você que me proporciona estas oportunidades tão especiais e únicas.
Vamos acabar com eles de novo?
No bom sentido é claro.
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