Explode coração: Salgueiiiiiiiiiiiiiiiiro

"Nem melhor nem pior, apenas uma escola diferente." Parabéns Fernando Pamplona, meu querido Haroldo Costa, amiga Jussara Marinho e as irmãs Marinho. E aos salgueirenses que não esqueço e nunca esquecerei. Norma Ajara não irrita o pessoal aí de cima não. Estou imaginando você com mestre Louro fazendo o maior barulho no céu!

A Acadêmicos do Salgueiro inovou o carnaval carioca. Antes do Salgueiro, o carnaval tinha uma hegemonia de campeonatos revezados entre três grandes escolas: Portela, Mangueira e Império Serrano. Mas, em 1953, a vermelho e branco mudou a história do carnaval e dos desfiles. A escola, que é uma fusão de outras duas agremiações da Tijuca, a Azul e Branco do Salgueiro e a Depois Eu Digo, superou um modelo de carnaval, e, em 1958, convidou os artistas plásticos Dirceu Nery e Marie Louise para realizar o enredo "Viagem Histórica Pitoresca ao Brasil". A vermelho-e-branco impressionou os jurados. Em 1960, entraram em cena dois personagens que fizeram história no Salgueiro e no carnaval carioca: Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues, a quem tive a honra de conviver. Juntos, eles desenvolveram enredos tendo como enfoque o negro e suas glórias - temática inédita na Avenida. Personagens como Zumbi dos Palmares (1960) e Xica da Silva (1963) fizeram sucesso e garantiram os dois primeiros campeonatos da vermelho-e-branco. Veio depois a vitória de 1965 e 1968. Em 1971, a escola trouxe uma nova forma de compor samba-enredo, com letra menor e mais ágil. Era "Festa para um rei negro", de autoria de Zuzuca. Mais um título.

O Salgueiro fêz mais ainda pelo carnaval. Fêz escola. Foi de lá que sairam nomes importantes do carnaval. A querida Maria Augusta Rodrigues, hoje comentarista da Globo, a companheira Rosa Magalhães , campeoníssima pela Imperatriz e Joãosinho Trinta, que dispensa maiores apresentações. Os três trabalhavam com os figurinos e adereços. Para quem não sabe, Joãosinho, antes de trilhar sua trajetória de sucesso pela Beija-Flor, ajudou a vermelha-e-branca a conquistar o bicampeonato, em 1974-75, com originalidade e muito luxo.

Salgueiro hoje do carnavalesco Renato Lage, outro gênio do carnaval.

Parabéns a todos.

Que rufem os tambores!

http://www.youtube.com/watch?v=YL0mf9UEDYk