
A noite estava linda. A lua cheia iluminava a mesa, a rua e os pensamentos de três lindas mulheres. Elas chamavam a atenção de todos que entravam no restaurante elegante.
Três gerações diferentes. Três estilos diferente. Três histórias diferentes. E uma ligação: o amor por seus cavalheiros.
A mais jovem, irriquieta e sem papas na língua, tentava convencer uma das amigas de que era necessário se despir de regras e conceitos ridículos e se entregar aquela nova tentativa de ser feliz.
-"É rídiculo estas mulheres que querem a liberdade e a independência e ficam com aquele discurso de liberdade. Dá para equilibrar tudo. Converso com cada uma que conheço e todas terminam no final com a mesma conversinha e desejo: de querer construir um relacionamento. Todas querem isto. Todas nós queremos isto. Anda, liga pra ele, não trata ele sim. Já era esta história de ficar se valorizando, de fingir que não está nem aí. Homem gosta de atenção sim!"
A linda morena, magra e elegante, de cabelos negros olhava timidamente o celular e para as amigas e seus olhos transbordavam medo e insegurança. Medo de entrar novamente em uma fria.
-"E se um dia ele voltar para a ex-mulher? "
A terceira mulher calada até então disse:
-"Pelo menos você tentou,viveu e se deu esta oportunidade."
Ela se animou. E inesperadamente as duas se voltaram com a carga para aquela terceira até então silenciosa e atacaram:
-"E você? Olha que nós vamos lhe dar uma surra, falaram rindo. Homens idiotas, inseguros e mal resolvidos não valem mesmo!"
Ela sorriu, abaixou os olhos e falou baixinho.
-"Meninas, quando o amor não tem os dois lados fica difícil ser feliz. Amor não é teoria. Amor é prática é vivência é mergulhar na vida. Quando se quer muito algo, a reação é outra. É de entrega superando medos. É de espera e confiança. É de compromisso superando a vontade de ser livre. E de enfrentar conceitos próprios, para não perder. Amar não é teoria. É pratica. Vivência. Se um não enfrenta, foi bla bla blá. A sorte é que sempre entra um novo na história que vira tudo de cabeça pra baixo. Esta é a vingança da vida que espero."
As três riram, uma pagou a conta por todas e felizes sairam deixando um perfume doce no ar, alguns olhares para trás e a certeza que vão mergulhar sempre na tentativa de serem felizes.
E viva esta "quadrilha" de mulheres bem resolvidas. Porque elas não comungam mesmo naquela do Drummond.
Hoje é sexta!!!! Lá vem o feriadão!
"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história"