quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Um amor que só poucos entendem!





Acordei assustada com um barulho. Vi então meu cão branquinho se arrastando no chão do corredor tentando se levantar. Mesmo sem poder me abaixar, tentei segurá-lo e o levantei. Ele se entregou totalmente. Não consegui mais dormir e fiquei pensando no envelhecimento. Como tudo envelhece. Árvores, bichos, homens. E morrem. Não há como evitar. É o ciclo da vida. No caso do meu cachorrinho, ele vinha tomando uns remédios que certamente o fragilizaram. Medicamentos consertam de um lado, enfraquecem o outro. Conheço bem estes sintomas.
Esta semana, uma das blogueiras sofreu a dor da perda de seu guardião. Ralf se foi depois de onze anos. Cada ano de um cachorro equivale a 7 nosso. E assim, eles ficam muito pouco por aqui.
Estou cuidando muito do meu branquinho fiel, amigão, que me ama mais que tudo neste mundo. Esta devoção está em seu olhar, em seus movimentos e em sua presença constante ao meu lado.
A perda de Ralf e o susto com Shiro me fêz mais uma vez refletir como a vida é rápida. Só mesmo momentos inesquecíveis, sonhos realizados e muitas gargalhadas nos fazem ficar de cabeça erguida quando chega a hora da separação. Só segue em paz, quem foi muito amado. Só fica em paz, aqueles que amaram apaixonadamente, avassaladoramente e se entregaram a este sentimento sem nada esperar.
Este texto é uma homenagem ao Ralf (lá na primeira foto) e seus donos, que construíram laços inesquecíveis de amor.
Um bom dia, cheio de amor e carinho. E ôba, está chegando o feriadão!

15 comentários:

Lulu disse...

Putz!!! Gostei da frase "só segue em paz quem foi muito amado". Faz a gente parar e refletir. Fico observando, por exemplo, meu pai, que já não caminha, às vezes perde a noção do tempo e do espaço, mamãe na maior paciência sempre ao lado dele e nós, a três filhas constantemente a seu lado. Me deu agora a absoluta certeza de que quando ele fizer a passagem (Deus permita que ainda demore muito)ele irá em paz. Sabendo que muito amou e que é muito amado. Não tenho a menor dúvida de que os sentimentos que cultivamos na vida seguem conosco para o "outro lado". Tanto o amor quanto a raiva, a mágoa, o rancor. Quem se vai levando na alma sentimentos de raiva, mágoa ou rancor, com certeza não terá paz, pois são sentimentos que envenenam a alma, prendendo-a ao campo terreno. E, como você diz, a vida é tão curta... mas cada um tem a sua natureza, não?
A minha Liza vai fazer 12 anos agora em janeiro. É muito amada e paparicada. É super saudável, mas não sei quanto tempo ela ainda ficará conosco. Tomara que seja muito, ainda.
Tenham todos um excelente dia!

Do Rio p/Sergipe disse...

Nada é mais reconfortante do que se sentir muito amado. Desejado, querido, estimado.
Esta sensação nos faz fortes.
Bom dia Lulu. Bom dia Liza, que é muita amada por sua dona.

Lulu disse...

Lembrei-me agora uma história que li, não lembro onde. Tinha um senhor que criava alguns cachorros e um dia recebeu a visita de um amigo que não via há muito tempo. Este amigo elogiou os cachorros, muito bem cuidados, e disse: "mas o mais bonito é aquele que está deitado ali", e apontou para o lugar. E dono respondeu: "mas não tem nenhum cachorro ali!" E o amigo: "como não?" Ele é assim, assim, assim (e deu as características).
O senhor logo identificou um cachorro que tinha morrido havia algum tempo. E o lugar onde o amigo o via era seu cantinho predileto. O senhor comentou isto com o amigo e completou: "é por isso que meus cachorros sempre que passam por ali é como que desviam de alguma coisa"...

Eliane disse...

Olha, estou proibida de chorar!
Mas esta história...
Vou guardar para sempre.

Ro do interiorrr p/ Eliane Furtado disse...

Ah... esse amor...
Como é dificil esta separação, mesmo quando sabemos que a hora pode estar próxima. Eliane estou no interior de sp, na casa de minha mãe.
Vim passar esses dias aqui com o principe, que anda no limite do limite. E hoje pela manhã, por que aqui a manhã começa as 06hs., o calor é parecido com o do RJ, e minha mãe acorda cedo e fala com a gata com a panela, com a garrafa termica e ai a gente acorda para conversar com ela,e o dia começa muito cedo, mas como ia dizendo logo cedo, minha irmã Mirela a professora, encontrou um gatinho no portão abandonado... e ai já viu, pegamos no colo, leitinho, um poquinho de ração por que ela já tem gatos... e nesse momento ele esta por aqui entre minhas pernas... O que fazer? acolher não é mesmo. Minha mãe não quer por enquanto... Bjs carregadinhos de esperança e força com seu amor canino!

Eliane p/Ro disse...

Bom dia querida. Que bom que chegou cedinho hoje. Nada como o interior, a roça, os animais para renovar forças. Um dia ainda vou morar no interior.
Beijos na mamãe. Diga ao príncipe que ele tem a força, e para vc, o meu desejo que a natureza lhe mostre o caminho da cura e da vitória.
Aliás Vitória não é um bom nome para a gatinha?
Caso ela não possa ficar, procure a veterinária para que ela ache um novo lar.
Pode também chamá=-la de Linda V.
Bom feriadão.

Cláudia do Amaral disse...

Olá
Estou passando aqui de novo para te deixar um abraço.
Eu tenho duas cachorras "boxer", a mais velha tem nove anos, a idade do meu filho, e somos muito apegados a elas. Os animais são fonte de energia e alegria, nos dão seu mais puro amor sem pedir nada em troca.

Eliane p/Claudia disse...

Olá Claudia, o Blog precisa deste sangue novo, destes novos laços. Estas meninas minhas, de laços eternos, e estes lordes, precisam de novas opiniões, depoimentos e inspiração.
Venha sempre. Bom saber que temos laços caninos tb ksksksskks

Angela Vettori disse...

Lili querida,

Fiquei emocionada com sua homenagem ao inesquecível Ralph.
E voce só o conheceu por fotos...

Ele foi um amigão, companheiro e sobretudo um vigia maravilhoso,
praticamente um filho!
Completou o ciclo da vida muito amado e bem tratado, numa casa de praia , viveu ao ar livre em contato com a natureza, alimentado somente com ração, vacinado , etc.. sob a supervisão da minha insubstituível Elda.
O dono do pedaço ! Saudades sempre!

SE UM CACHORRO FOSSE SEU PROFESSOR

Você aprenderia coisas assim:
Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.
Nunca perca uma oportunidade de ir passear de carro.
Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.
Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.
Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.
Corra, pule e brinque todos os dias.
Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.
Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.

Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore.
Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado...volte e faça as pazes novamente.
Aproveite o prazer de uma longa caminhada.
Se alimente com gosto e entusiasmo.
Coma só o suficiente.
Seja leal.
Nunca pretenda ser o que você não é.
Se você quer se deitar embaixo da terra, cave fundo até conseguir.
E o MAIS importante de tudo...
Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.

A amizade verdadeira não aceita imitações!!!

E NÓS PRECISAMOS APRENDER ISTO COM UM
ANIMAL QUE, DIZEM, É IRRACIONAL...

"CARPE DIEM"

"Não acrescente dias à sua vida e sim vida aos seus dias"
Harry Benjamim

Beijos

Eliane p/Angela e familia disse...

Vc tem filhas lindas e considerou e considera Ralf um filho. Muitas pessoas acham que a gente tem cachorro porque não tem filhos. Bobagem.
Quando brindo ao Ralf ou um de seus amigos, homeangeio- acima de tudo- aos seres humanos que sabem amar.
E aproveito também para- hoje e sempre -homenagear aqueles que me ensinaram a me doar: Shiro e Kinsei. Sabia que eu detestava cachorros? Pois é. Como a vida ensina heim querida? E surpreende!

CHIQUINHA disse...

Pois é, é tanta troca de amor e afeto que fazem esses bichinhos serem pra lá de especiais.
Ainda não me habituei à ausência do meu Kiko. Por muitas vezes ouço seus passinhos, sinto ele chegando perto de mim, lembro que está na hora da comidnha, e por aí vai.
O vazio ainda é grande. Muitas pessoas acham que quando perdemos um bichinho, a melhor coisa é pegar logo outro. Eu não penso assim.Acho que na vida tudo tem seu tempo. Tenho que viver meu luto.Curar a dor e o vazio da perda dele para aí sim poder me dedicar e amar a um novo eleito.
Sei que ele etá em paz porque foi muito amado e está sempre junto de mim. No meu aniversário se fez presente animando a festa com sua guitarra. Não meninas, não estou maluca! O presente de algumas amigas foi um "cantante", cujo o nome não poderia ser outro:
K I K O !!!!
Nada é por acaso...
Um beijo Angela, seu Ralf deixou saudades, mas com certeza muitas boas recordações.
Lili, o título é perfeito.Admito que existam pessoas que não gostem ou não queiram aimais de etimação, ma fico indignada quando dizem que nós, que amamos esses bichinhos somos malucos!

eliane p/Chiquinha disse...

Malucos? O que é ser maluco Chiquinha, o que é?
Cada um com seu cada um.
Quando soube que o nome do cantante era Kiko, fiquei pensando...tem coisas que ficam na história para sempre. Nomes, por exemplo.

Zel Bengalinha, "mãe" do Totó disse...

Alô, alô... Sampa (chuvosa) chamando Rio!!!!!
A Turma da noite está chegando!!!!
Boa Noite a todos!

Eliane, bela homenagem ao Ralph. Assim como Lulu, achei linda a frase "só segue em paz quem foi muito amado". A troca de sentimentos tão sublimes só pode resultar em Paz mesmo.
Alguns meses depois de saber do meu CA, nosso cãozinho Totó (um salsichinha preto), morreu de velhice. Estava com 16 anos mas tinha muita dignidade e pose. Morreu sem sofrer. Era o que ele merecia.
Totó foi feliz. Viveu solto, tinha boa saúde e namorou muuuuito, com várias salsichas. Deixou uma descendência enoooorme!

Como um ser tão pequeno pode ocupar tanto espaço? Ficou um vazio enorme, na casa e em nossas vidas, na nossa rotina, no nosso coração.

Acolhemos outro salsicha, (fisicamente idêntico a Totó), chamado Giggio. É um fofo querido, lindo, inteligente, brincalhão e dengoso. Mas o espaço do Totó está lá, vazio... e assim como acontece com os humanos, nada vai preencher.
Eles são únicos. Cada qual, uma entidade espiritual.
E você tem razão, não são todos que entendem esse amor, só os que têm a felicidade de trocá-lo com seu pets queridos.

Angela, muito bonita a sua postagem. Temos muito o que aprender com estes queridos.

"O cão é a virtude que, não podendo fazer-se homem, se fez animal."
Victor Hugo

Beijos carinhosos
Zel Bengalinha Paulistana

Vera Henke disse...

Olá Eliane !
Veja a mensagem da Ana Maria no dia 27 deste mês.
Vale para vcs que tem cão. Eu gosto de GATO. Transcrevo:
Você consegue?
Se você consegue começar o dia sem cafeína para despertar...
Sem uma gota de álcool para se alegrar no fim da tarde e, à noite, consegue ir para a cama sem nenhum comprimido para dormir...
Se você consegue manter o bom humor, ignorando os males do mundo e as suas próprias dores...
Se consegue engolir as queixas e evitar aborrecer os outros com seus problemas...
Compreender quando as pessoas - mesmo as que te amam - estão ocupadas pra te atender agora...
Se você consegue suportar a crítica e aceitar a censura, mesmo por um erro que não cometeu...
Se você consegue relevar a grosseria das pessoas, sem se revoltar...
Enfrentar a vida sem mentiras e falsidades...
E, do fundo do coração, não ter qualquer preconceito de raça, crença, idade ou opção sexual...
Se você consegue comer a mesma comida todos os dias e continuar feliz...
Se depois de horas de solidão você consegue, sem cobranças, receber a quem chega com imensa alegria...
Se consegue amar incondicionalmente, sem esperar nada em troca...
E acreditar que cuidarão de você até o fim da vida...
Se você consegue isso, meu amigo, você é quase tão perfeito quanto o seu cão...

Lulu disse...

Falar da relação do homem com o cachorro sempre me faz lembrar um texto que li no livro "A Insustentável Leveza do Ser", de Milan Kundera. Tereza, quando vai sacrificar seu cachorro Karenin (ou era uma cadela?), diz ao marido (não é ipsis litteris, mas é mais ou menos assim): "Eu amo Karenin melhor do que o amo. Não exijo nada dele, não tenho ciúmes dele e o amo do jeito que ele é".
Não o ama mais, ama melhor. E pensando bem: será que conseguiríamos amar outro ser humano do jeito que amamos nossos cães? Fica a pergunta e um convite à reflexão.